Relegadas pelo capitalismo e socialismo do século 20, elas estão ressurgindo, favorecidas pelo economia imaterial. Quais seus novos desafios?
Por Robin Murray, em Red Pepper
O primeiro grande surto de cooperativismo ocorreu na Grã-Bretanha no início da era das estradas de ferro na década de 1840. Foi uma cooperação de consumo da classe trabalhadora industrial. Ao longo de 50 anos, ela cresceu e resultou em uma rede de mais de 1.000 cooperativas de varejo e uma sociedade atacadista que se tornou a maior organização empresarial do mundo. Durante a I Guerra Mundial, cooperativas britânicas foram responsáveis por 40% da distribuição de alimentos. Eles possuíam suas próprias fábricas, fazendas, linhas de navegação, bancos, uma empresa de seguros e até uma plantação de chá no Ceilão (hoje, Sri Lanka). Na visão de um de seus organizadores e inspiradores, JTW Mitchell, o movimento cooperativista seguiu a trilha do desenvolvimento de uma economia alternativa.
Houve movimentos similares de pequenos fazendeiros e artesões na Europa e América do Norte e, mais tarde, na Ásia. Era comum entre todos eles a ênfase no civismo, na democracia no ambiente de trabalho, na autonomia, na qualidade do trabalho e em unidades de pequena escala, articuladas com organizações onde a larga escala era necessária.
Tal modo de pensar a economia não combinava com o modelo de produção em massa que se tornou dominante no século 20, estabelecendo-se como paradigma para a indústria. Também não rimava com as alternativas centradas no Estado — ou totalmente centralizadas — que a esquerda defendeu nesse período. A marcha para a cooperação foi interrompida.
Nos últimos trinta anos, contudo, houve um rápido crescimento de todas as formas e iniciativas de economia social. Perdeu-se a confiança nas alternativas baseadas na centralização estatal, particularmente depois de 1989. A revolução informacional e comunicacional tornou possível sistemas muito mais horizontais de organização, na forma de complexas redes de colaboração. Agora, com o colapso financeiro de 2008, que colocou o neoliberalismo na defensiva, estamos testemunhando um novo interesse pelo cooperativismo.
Há uma enxurrada de livros de biólogos evolucionistas sobre a necessidade intrínseca de cooperação para a humanidade, e também de sociólogos, sobre as aptidões exigidas para tanto. Para o surpresa geral, o prêmio Nobel em Economia de 2009 foi dado para Elinor Ostrom, por seu trabalho sobre a economia social dos comuns. E cooperativismo é tema recorrente nas discussões de alternativas pelo movimento Occup. Como muitos dos ativistas do Occupy Wall Street colocam, eles querem um mundo de cooperativas, associações de crédito e comércio justo.
Sinais do ressurgimento
O que deveríamos fazer diante de tudo isso? Em que aspecto as cooperativas podem ser modelo de uma economia alternativa do século 21? Elas poderiam converter-se em formas de empreendimento dominantes, como as empresas por ações foram, na era industrial? O Estado poderia — sendo ele próprio parte da economia social — encontrar um modo para atuar junto às cooperativas, em novas formas de colaboração? É possível imaginar um modelo de economia cooperativa que gere tanta confiança quanto as várias versões do socialismo da era fordista?
Vamos começar com as finanças. Em vez de um sistema financeiro dominado por um pequeno número de bancos globais centralizados, que se subordinam apenas à sua lógica de acumulação, podemos imaginar um outro, baseado em milhares de bancos locais, cuja propriedade pertenceria aos seus membros, ou às prefeituras? Eles seriam meros repositórios das poupanças locais e emprestariam para pequenas empresas e famílias que necessitassem — como faziam os bancos do interior da Inglaterra, no começo do século 19.
Para maiores investimentos e suporte técnico, esses bancos formariam corpos e regionais e nacionais. E para objetivos estratégicos maiores, seriam um banco nacional público que proveria fundos e consultorias para as entidades locais.
Tudo isso eram sonhos dos cooperados do século 19, tanto da Europa quanto da América do Norte. Hoje, na Grã-Bretanha, eles seriam vistos como meros utópicos verdes. Mas na Alemanha, são parte da vida quotidiana, representando mais de 1.100 cooperativas bancárias independentes, com 13 mil filiais e 16 milhões de membros. Em quase todas as vizinhanças do país, é possível encontrar cooperativas bancárias. Normalmente, do outro lado da rua, em uma competição cooperativa, haverá 15,6 mil filiais dos 430 bancos de poupança municipais ou Sparkassen. E há mais de 1.500 bancos locais independentes, com mais de 30 mil filiais.
Ambos, bancos municipais e bancos mútuos, têm sua própria garantia nacional e regional de compensações e bancos especialistas. Juntos, eles dominam a área de varejo bancário. Os bancos comerciais contentam-se com menos de um terço dos negócios. O banco de desenvolvimento público, o KfW, compromete mais de 20 milhões de euros a cada ano financiando meios de produção energética alternativos à energia nuclear, para cumprir metas em relação às mudanças climáticas. Eles precisam de uma rede bancária altamente granular para alcançar as famílias e as pequenas empresas, que são a chave para o novo modelo energético — e são financiados pelas cooperativas bancárias e bancos municipais. Esses dois pilares sociais do tripé de sustentação do sistema alemão têm como principal fator de sucesso econômico as pequenas e médias empresas industriais do Mittelstand.
Esse modelo de cooperativas bancárias foi desenvolvido nas áreas rurais montanhosas nos anos 1850, para dar suporte a agricultores locais, pequenos negociantes e artesões ignorados por bancos comerciais, e mais tarde nas cidades orientais como fundo comum para artesões e negociantes. O sistema espalhou-se pela Alemanha inteira e por boa parte da Europa, funcionando na maior parte em sistemas bancários nacionais. Na Holanda, por exemplo, o segundo maior banco (um dos 30 maiores do mundo) é o Rabobank, uma de confederação de 141 associações de crédito locais. Como as cooperativas bancárias da Alemanha, e inspiradas também nas redes do Canada, elas orientam-se para o bem-estar social das suas economias locais.
E sobre a indústria? Como poderíamos imaginar cooperativas regionais de produção que sejam auto-sustentáveis, numa economia global? Elas poderiam equipar agricultores e artesãos com ferramentas modernas, e ajudá-los a formar cooperativas para vender seus produtos pelo mundo. Cada cidade poderia focar em um produto particular e, assim, desenvolver suas especialidades necessárias. O sistema poderia ter sua própria escola, para que as habilidades de uma geração fossem passadas para a seguinte. O financiamento viria de cooperativas bancárias ou bancos públicos, e toda contabilidade seria processada por uma densa rede de contabilistas.
Esse é uma descrição da região da Emilia Romagna, na Itália. Muitas das indústrias leves de lá, e das regiões vizinhas, mantêm-se perfeitamente e são líderes de seus setores, na Europa. Na cidade ceramista de Imola, as cooperativas são agora as maiores produtoras da Europa. Carpi — uma cidade de 60 mil habitantes, com 4 mil empresas — é uma das maiores produtoras de têxteis na União Europeia. Os fazendeiros emilianos não fornecem somente às cooperativas de supermercados que dominam o varejo na província. Também estabelecem as próprias cooperativas de processamento e agregamento de valor. O queijo parmesão é feito por uma cooperativa de 550 produtores de leite, enquanto o conhecido presunto de Parma é feito por uma cooperativa de criadores de porcos nas margens do Rio Pó.
Esse padrão de produção não é restrito à chamada “Terceira Itália”. Há regiões industriais semelhantes na Dinamarca, Alemanha e nas regiões basca e valenciana da Espanha.
Alternativas do tipo já existem em muitas das áreas centrais da economia atual. Contra a comida industrializada, consumidoras japonesas (quase todas mulheres), em colaboração com fazendeiros locais, criaram um notável sistema de “caixa de alimentos”. Uma vez por semana, eles se reúnem organizar os pedidos, acondicionar os produtos adquiridos em caixas e entregá-los, por meio de uma rede local de seus próprios microgrupos (conhecidos como Han). As cooperativas de consumidores têm hoje 12 milhões de membros, além de começarem a se associar com cooperativas de processamento de alimentos, embalagem, impressão e atendimento. Estão se expandindo para prestar serviços de atenção à saúde, às crianças e idosos.
Ou tomemos, por exemplo, a energia renovável. Um quarto da eletricidade produzida na Dinamarca vem de fontes eólicas. Essa produção é gerada por turbinas de mais de mais de 2 mil “cooperativas de vento” locais. O Reino Unido tem muito menos cooperativas, mas as que existem podem agora distribuir sua energia através da recém-formada Cooperativa de Energia Midcounties, que atraiu 20 mil membros em seu primeiro ano de funcionamento. Há prósperas redes de cooperação semelhantes em áreas como educação, saúde, social e esporte.
Cooperativas e Democracia
A ideia que muitas pessoas fazem das cooperativas é turvada pelos problemas que qualquer pequeno grupo de pessoas tem, ao escolher um lugar para comer; ou pelo temor de discussões incessantes, que tornam difícil executar qualquer coisa. Mas para sobreviver, as cooperativas tiveram que encontrar meios eficazes de se organizar democraticamente, fazendo com que o envolvimento seja uma fonte de força, não de fraqueza.
São complexos os estudos dos biólogos evolucionistas sobre o número máximo dos grupos sociais em que é possível manter laços pessoais estreitos. O antropólogo e psicólogo britânico Robin Dunbar diz que o teto são 150 pessoas. Curiosamente, as maiores 22 cooperativas de trabalhadores do Reino Unido têm uma média de 41 membros. Somente a maior, a Suma Wholefoods, atinge a marca de Dunbar. Se alguém duvida da viabilidade de cooperativas, devem olhar para a Suma. O seu staff compartilha entre si várias tarefas entre si, de modo que cada pessoa conhece a empresa como um todo. Os trabalhadores são uma fonte constante de idéias inovadoras (e são pagos também…). O posto-chave não é o do diretor de finanças, mas o da pessoa responsável pela equipe — que, em empresas convencionais, seria chamado de diretor de Recursos Humanos.
Muitas cooperativas são bem maiores do que isso — associações de crédito podem ter milhões de membros — mas muitos deles estão acomodados naquilo que poderíamos chamar de “células de Dunbar”, combinados em confederações e unidos para realizar tarefas de larga escala.
A rede Mondragon de trabalhadores cooperados, no País Basco (Estado Espanhol) é um exemplo disso. Sua inspiração, o padre Jose Arizemendiarreta, compartilha da mesma fé de Gandhi em organizações de face humana. Se uma cooperativa Mondragon é demasiado ampla, recomenda-se que seja desmembrada em uma nova ramificação. Os serviços coletivos da Mondragon, como seu banco, são de propriedade dos cooperados a quem ela serve, assim como as associações de crédito locais controlam o ponto crítico de suas operações. Esta é uma característica comum da democracia cooperativista — pequenas unidades locais que controlam as organizações de serviços coletivos acima delas.
Há outras condições para a democracia efetiva. A primeira é um compromisso com a tecnologia humanamente orientada. Para Gandhi isso foi sintetizado pela roda de fiar. Seu argumento no seu debate com Nehru foi a de que o uso da tecnologia em larga escala, defendido pelo segundo, teria seus próprios imperativos e interesses e nunca poderia estar sujeito ao controle democrático efetivo. Na Mondragón, há um compromisso com a tecnologia moderna (existem três grandes laboratórios de pesquisa), mas é uma tecnologia compreendida e controlada pelos donos de trabalho.
Segundo, a democracia cooperativa não se resume a algo quantitativo, expresso pela fórmula “um membro, um voto”. Procura pesar o envolvimento de cada membro e seu desenvolvimento como pessoa. Para Gandhi, a cooperação era uma extensão do princípio de autogoverno ou swaraj. Ele vinculava a ideia das cooperativas a valores pessoais e espirituais, não apenas coletivos. Este tem sido um tema de muitos dos principais movimentos cooperativos, seculares e religiosos, dos últimos 150 anos. Em outras palavras, as cooperativas não tratam apenas de poder econômico coletivo; atuam sobre as habilidades e vantagens de ser social. Têm a ver com a potência de ser humano, não apenas o poder de conseguir mais.
Isso ajuda a explicar a forte ênfase das cooperativas em educação. Os primeiros cooperadores, os pioneiros de Rochdale, queriam aplicar 10% dos seus excedentes em educação, mas ficaram restritos a 2,5%, pelo Estatuto das Sociedades entre Amigos. Muitos dos associados britânicos das cooperativas nascentes tinham uma sala de leitura, uma biblioteca e um programa de educação de grande alcance para os membros. As cooperativas de Mondragon surgiu de cursos ministrados pelo padre Arizmendiarrieta e a educação continua a ser o pilar principal da rede — que tem sua própria universidade. Arizmendiarrieta viu a notável rede de cooperativas de trabalhadores que ajudou a criar como um projeto educacional, com uma base econômica.
A idéia da democracia de cooperativas baseia-se na noção de que seus membros estão envolvidos individual e coletivamente “num processo” — não desorganizados em uma nuvem de opinião fragmentada. É isso que o sociólogo francês Bruno Latour chama de “remontar o social “: não movimento separado e oposto à indivudualidade, mas algo criado e recriado através das formas e processos de prática diária. Por isso, esta democracia funciona melhor quando seus membros têm um interesse pragmático no trabalho de cooperativa. Há aqui lições que são transferíveis para o Estado.
Laços Fortes
As primeiras sociedades de consumo britânicos exigiram que os membros comprassem apenas da sua cooperativa. Cada membro, portanto, tinha grande interesse na relação qualidade-preço de seus produtos — e na gerência da organização. O mesmo aplica-se às cooperativas de produtores rurais, de trabalhadores e de serviços — como educação e saúde — que se beneficiam de relações conínuas de confiança.
Os setores relacionados a serviços, aliás, são grandes áreas para crescimento potencial das cooperativas. Muitos problemas econômicos envolvem a colaboração de diferentes partes para a sua solução. Na assistência social, por exemplo, existem os receptores de cuidados, juntamente com suas famílias e vizinhos; bem como os prestadores de cuidados e financiadores. Cooperativas surgidas recentemente, envolvendo todas estas partes, têm sido capazes de assegurar clara melhora na qualidade do atendimento. A região do Quebec, no Canadá, tem liderado este processo na América do Norte. Na Europa, a Itália voltou a ser a pioneira. Existem hoje 7 mil italianos sob o cuidado de cooperativas. Em cidades como Bolonha cooperativas sociais agora fornecem 85% dos serviços públicos.
Há uma tendência paralela — por razões semelhantes — na Educação. Na Inglaterra, há hoje 200 cooperativas de ensino. Muitas delas estão localizadas em bairros carentes. Eram originariamente escolas do Estado, que foram ameaçadas por políticas de desmonte dos serviços públicos e pelas cadeias privadas de ensino. Ao invés disso, converteram-se em cooperativas. Têm como membros crianças, pais, professores e simpatizantes na comunidade. Criam cooperativas secundárias para fornecer os serviços de apoio que as autoridades locais tentam reduzir ou privatizar
A disciplina de mercado
Karl Marx era a favor de cooperativas. Ele as via como caminhos práticos para que a classe trabalhadora assumisse o controle da economia. Mas achava que seriam sempre limitadas pela concorrência dos capitais privados. O poder produtivo de tecnologia capitalista, juntamente com a oferta mão-de-obra barata, sempre tendem a destruir cooperativas ou pressioná-las a tambem seguir um caminho capitalista. As asas da aspiração seriam drasticamente cortadas.
A atual economia cooperativa é influenciada, também, por essa concorrência contínua do mercado. Há pelo menos quatro maneiras pelas quais as cooperativas sobreviveram:
. Iniciativas individuais visionárias que conseguiram manter-se em áreas periféricas à economia principal. Estes têm sido confinados a espaços abaixo do radar do mercado privado.
. Algumas cooperativas, em face da concorrência direta da economia convencional são obrigadas, como Marx previa, a copiar as estruturas de escala e centralizada de seus rivais privados. Isso é comum, por exemplo, em bancos ou seguradoras cooperativas. Eles conservam um pouco das estruturas de cooperação, mas os laços entre seus membros são fracos e sujeitos à ameaça de desarticulação.
. Em alguns países, as cooperativas tiveram foram beneficiadas por medida de proteção contra o mercado privado, através de legislação protetora ou apoio financeiro do Estado.
. Algumas cooperativas desenvolveram redes como as que descrevi, cujos princípios e formas alternativas de trabalho deu-lhes vantagens decisivas contra a concorrência privada.
As cooperativas podem viver cada uma destas experiências — ou todas elas, simultaneamente. Muitas surgem como movimentos de marginalizados. Algumas crescem e descobrem formas de oferecer serviços sem sacrificar as vantagens de células pequenas, de dimensões humanas.
As redes de cooperativas bem-sucedidas têm sua própria ecologia. Os integrantes da rede colaboram entre si na compra e venda de produtos. Obtêm financiamento de bancos cooperativos e estabelecem intercâmbio de know-how, máquinas e até mesmo de pedidos dos clientes. Em uma era em que as economias de sistema estão se tornando mais importante do que as economias de escala, esses sistemas cooperativos vão se tornando um páreo duro para seus concorrentes privados.
Ainda assim, terão sempre de enfrentar as forças, em disputa, de caos e ordem. A fragmentação pode se tornar uma fraqueza, em vez de uma força. Em face das crises, as cooperativas muitas vezes são pressionadas à centralização como um meio de sobrevivência. Perdem, então, as vantagens proporcionadas pela diversidade e engajamento dos seus membros. Algumas das redes mais bem sucedidas têm encontrado formas de enfrentar este problema. Muitas vezes, intervêm positivamente nas cooperativas que enfrentam problemas e depois as devolvem a seus membros.
Marx era cético sobre os espaços que podem ser ocupados por uma economia alternativa. Tais espaços estarão sempre sob pressão — do mercado, do Estado e, às vezes, a corrosão de valores cooperativos e das práticas internas. Nestas circunstâncias, as cooperativas individuais serão como pequenas embarcações isoladas no oceano. Eles precisam da força combinada de uma frota.
Caminhos futuros
Eles precisam, também, focar em áreas em que a cooperação tem, por sua própria natureza, qualidades que não combinam com o capital privado. Vivemos em um período em que campos — nos quais nem o mercado privado, nem o Estado em suas formas atuais sentem-se à vontade — estão crescendo. São território em que a cooperação pode ser muito mais efetiva que a corporação privada.
No início do século 20, uma forte corrente, no interior do cooperativismo, desenvolveu um modelo de uma economia em rede, que teria o Estado como suporte. À época, este projeto não estava em sintonia com o modelo dominante, marcado pela produção em massa. Agora, uma nova revolução tecnológica — da informação e da internet — mudou o paradigma industrial e pós-industrial. Isso produziu uma onda de cooperação informal. Vivemos num mundo em que avançam o software livre, as licenças Creative Commons, a Wikipédia. A cooperação informal já se estendeu muito além dos sonhos de William Morris.
Na economia formal, a cooperação também pode se enraizar. Ela tem seus próprios sistemas de gerenciamento e contabilidade. Suas melhores práticas são impulsionada pela função social, que substitui os imperativos lucro máximo a curto prazo. Nos escombros da crise financeira atual, essa inversão de valores é exigida por nossas vidas cotidianas exigem. Pela primeira vez, em décadas, a cooperação, em suas diversas formas, tem agora o vento a seu favor. Terá, também, a capacidade de expandir sua frota?
Tradução: Hugo Albuquerque
FONTE: Outras Palavras
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