Mais de 600 indígenas, pescadores, ribeirinhos e populações ameaçadas pelos impactos empreendimento participam do protesto. A ocupação do canteiro de obras da Usina de Belo Monte, em Altamira, no Pará, foi iniciada na madrugada de ontem (27).
A Rodovia Transamazônica (BR-230), a partir de trecho em frente ao canteiro, está interditada e só passam veículos transportando doentes.
O acampamento é permanente. A principal reivindicação do movimento é que o governo federal envie autoridades para negociar com as populações tradicionais o fim das obras de Belo Monte.
Todo o processo de ocupação ocorreu de forma pacífica, sendo fruto dos debates entre os povos tradicionais durante o seminário “Territórios, ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos na bacia do Xingu”.
Com o encontro, se pretendia analisar a conjuntura em torno de Belo Monte e discutir respostas às situações de risco e impactos geradas pela usina. A programação foi suspensa em vista da ação de ocupar o canteiro de obras da hidrelétrica.
A ocupação ocorreu logo depois que o governo brasileiro não compareceu à audiência pública em Washington, nos Estados Unidos, junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O governo federal foi questionado pelo órgão sobre o desrespeito às medidas cautelares, emitidas pela CIDH em abril deste ano. A Comissão julgou que a continuidade das obras de Belo Monte traz um risco muito grande para as populações indígenas da região.
Na semana passada, a relatora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) votou a favor do decreto que considera ilegal a instalação da Usina de Belo Monte, mas o julgamento foi adiado com o pedido de vista. (pulsar/brasildefato)
lc
28/10/2011Fonte: http://www.brasil.agenciapulsar.org/tapa.php
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