Por Pe.José Ivan Pimenta Teófilo (*)
Felizes os educadores que tomam consciência do
conflito social em que estão metidos e nele tomam partido
conflito social em que estão metidos e nele tomam partido
pelo projeto social dos empobrecidos,
porque assim contribuirão para a transformação da sociedade;
Infelizes os educadores que imaginam que a ação educativa
é politicamente neutra porque acabam transformando a educação
num instrumento de ocultação das contradições da realidade social
e de reprodução da ideologia e das relações sociais vigentes;
Felizes os educadores que sabem articular o saber sistemático
com o saber popular, porque ajudarão as classes populares
com o saber popular, porque ajudarão as classes populares
a afirmar sua identidade cultural;
Infelizes os educadores que transmitem mecanicamente
um saber elitista, porque contribuem para reforçar
a marginalização e a dominação cultural do povo;
um saber elitista, porque contribuem para reforçar
a marginalização e a dominação cultural do povo;
Felizes os educadores que aprendem a dialogar com os educandos,
porque resgatam a comunicação pedagógica criadora no processo educativo;
Infelizes os educadores que impedem os educandos e dizer sua palavra,
porque estão reproduzindo a educação do colonizador;
Felizes os educadores que se tornam competentes
em suas “disciplinas” ensinando a “desopacizar” ideologicamente
seus conteúdos, porque ajudarão os educandos a se apropriarem do saber
como ferramenta de luta na defesa e afirmação de sua dignidade;
em suas “disciplinas” ensinando a “desopacizar” ideologicamente
seus conteúdos, porque ajudarão os educandos a se apropriarem do saber
como ferramenta de luta na defesa e afirmação de sua dignidade;
Infelizes os educadores que não se esforçam para ser
criticamente competentes, porque enfraquecerão mais ainda
o poder cultural das massas oprimidas
criticamente competentes, porque enfraquecerão mais ainda
o poder cultural das massas oprimidas
reforçando o autoritarismo cultural das classes dominantes;
Felizes os educadores que procuram se organizar
para conquistar melhores salários e melhores condições de ensino
porque estão ajudando a conquistar a educação a que o povo tem direito;
Infelizes os educadores que atuam isoladamente,
buscando apenas seus próprios interesses, porque deixarão de contribuir
para a conquista de uma escola digna;
Felizes os educadores que iluminam sua prática
com o sonho de um futuro novo em que as pessoas aprendam,
através de novas relações sociais,
com o sonho de um futuro novo em que as pessoas aprendam,
através de novas relações sociais,
as lições da justiça e da solidariedade;
Infelizes os educadores que não sonham,
porque não terão a coragem de se comprometer
porque não terão a coragem de se comprometer
na luta criadora de uma nova sociedade
a partir de sua prática educativa;
a partir de sua prática educativa;
Felizes os educadores que aprendem a fazer da ação de cada dia
a semente de uma nova sociedade;
Infelizes os educadores que pensam que as coisas
só aparecerão no futuro, porque não perceberão nem farão perceber
que o “novo” já está no meio de nós, brotando de nossas práticas
transformadoras, solidárias com as lutas dos espoliados da terra.
___________
(*) O Pe. Ivan nasceu no Ceará, mas foi em Pernambuco que criou raízes, junto aos jovens que orientou, durante muitos anos, no colégio Salesiano. Era uma espécie de líder e "guru", para os jovens que, na década de 70, queriam mudar o mundo. Fundou, com jovens de vários colégios, o grupo S.O.S., cuja sigla significava: Sempre Ousavamos Salvação. Foi ainda dirigente espiritual do Encontro de Jovens do Colégio Salesiano e pároco de Caetés II. Sua visão do mundo, baseada nos Evangelhos o levaram a um exílio forçado, em 1973 e a uma morte prematura, quando em 1990, seu coração não aguentou e parou de bater.
Fonte: http://fernandogoncalves.pro.br/bem-aventurancas-educacionais-10590.php
só aparecerão no futuro, porque não perceberão nem farão perceber
que o “novo” já está no meio de nós, brotando de nossas práticas
transformadoras, solidárias com as lutas dos espoliados da terra.
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(*) O Pe. Ivan nasceu no Ceará, mas foi em Pernambuco que criou raízes, junto aos jovens que orientou, durante muitos anos, no colégio Salesiano. Era uma espécie de líder e "guru", para os jovens que, na década de 70, queriam mudar o mundo. Fundou, com jovens de vários colégios, o grupo S.O.S., cuja sigla significava: Sempre Ousavamos Salvação. Foi ainda dirigente espiritual do Encontro de Jovens do Colégio Salesiano e pároco de Caetés II. Sua visão do mundo, baseada nos Evangelhos o levaram a um exílio forçado, em 1973 e a uma morte prematura, quando em 1990, seu coração não aguentou e parou de bater.
Fonte: http://fernandogoncalves.pro.br/bem-aventurancas-educacionais-10590.php
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