Por Aluízio Moreira
Sempre que discutimos noções do conhecimento, surgem questões acerca da ideologia e da neutralidade do sujeito em relação ao conhecer.
Sempre que discutimos noções do conhecimento, surgem questões acerca da ideologia e da neutralidade do sujeito em relação ao conhecer.
O ato de conhecer não está imune à ideologia. Isto porque a compreensão da realidade decorre não apenas das concepções teórico-filosóficas do sujeito, das suas convicções, a partir das quais procura entender um fenômeno social ou político. Faz parte do processo do conhecimento, a postura ideológica de cada indivíduo. Aqui a ideologia não se limita a um conjunto de idéias que orienta a práxis humana. A própria práxis é expressão da ideologia.
Além disso, a ideologia pode exercer, e de fato exerce, o papel de manipuladora e legitimadora de certas formas de comportamento que deve ser praticado ou não pelo cidadão, desde que se adéqüe aos interesses dos donos do poder. Para se manter a dominação é necessário fazer crer a existência da coesão social, e a ausência de contradições e de conflitos.
Dito isto, é difícil imaginar um ato humano ideologicamente neutro: na criação de um filme, na adoção de um livro pelo professor, nas noticiais de jornais escritos ou televisados, nas novelas, nas “ingênuas” histórias em quadrinhos.
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