Por Aluízio Moreira
A maior dificuldade do nosso universitário criar/desenvolver um trabalho acadêmico na perspectiva de um trabalho cientifico, é entendê-lo como resultado de uma pesquisa cientifica.
Mas o que fazer se ele entra e sai de um curso superior sem entender que uma pesquisa cientifica “é a realização ordenada de uma investigação planejada e orientada pelos princípios da ciência, procurando obter respostas para os problemas formulados pelo pesquisador”?
A maior dificuldade do nosso universitário criar/desenvolver um trabalho acadêmico na perspectiva de um trabalho cientifico, é entendê-lo como resultado de uma pesquisa cientifica.
Mas o que fazer se ele entra e sai de um curso superior sem entender que uma pesquisa cientifica “é a realização ordenada de uma investigação planejada e orientada pelos princípios da ciência, procurando obter respostas para os problemas formulados pelo pesquisador”?
E que a pesquisa “é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema” (Antonio Carlos Gil). Mas quem colocou de forma magistral a diferença entre um trabalho qualquer e um cientifico, foi Umberto Eco na obra “Como fazer uma tese.” Sobre o caráter cientifico de uma investigação, afirma esse autor:
“O estudo deve dizer do objeto, algo que ainda não foi dito, ou rever sob uma ótica diferente o que já se disse. Um trabalho matematicamente exato visando demonstrar com métodos tradicionais o teorema de Pitágoras não seria científico, uma vez que nada acrescentaria ao que já sabemos. Tratar-se-ia, no máximo, de um bom trabalho de divulgação.”
Infelizmente muitos dos trabalhos apresentados em sala de aula (e fora dela) são tão mal elaborados, que nem chegam a ser trabalhos de divulgação. Esta é a mais pura realidade. Até quando compactuaremos com isso, na ilusão de oferecermos ensino de boa qualidade? Estamos preparando quem, para o quê?
Realmente.
ResponderExcluirO que falta não são professores capacitados, porque hoje em dia existem muitas pessoas capacitadas. O que está faltando mesmo são alunos interessados. A nossa realidade está assim, jovens que pagam uma faculdade e acham que só porque pagam eles tem que concluir o curso independente de pontuação. Os professores de universidade por exemplo vêem isso diariamente. Entram numa sala de aula para lecionar e se deparam com alunos dormindo. O que falta hoje é interesse. Porque capacidade e oportunidade de aprender todos nós temos.
Um abraço.